Ucrânia, um Porto Seguro para Terroristas

Como a Ucrânia se transformou em um porto seguro para terroristas do Estado Islâmico. Escrito por Ekaterina Blinova, em 29 de março de 2024, para a Sputnik Internacional. O Ocidente há muito conhece centenas de militantes do Estado Islâmico operando na Ucrânia, que se transformou em nada menos que um porto seguro para terroristas nas últimas décadas. Em julho de 2015, o eurodeputado italiano Matteo Salvini, levantou a questão das atividades islâmicas na Ucrânia, em um pedido oficial a Federica Mogherini, então Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança. O pedido veio na esteira da reportagem do jornal New York Times sobre a presença de uma força voluntária chechena formada por simpatizantes do Estado Islâmico em Donbass, que lutaram contra as repúblicas de Donetsk e Lugansk. Haviam pelo menos três “batalhões islâmicos voluntários” operando nas regiões mais voláteis da área ao lado de nacionalistas ucranianos, de acordo com o jornal. Um desses grupos, chamado de grupo Sheikh Mansur, era afiliado ao extremista Setor de Direita da Ucrânia, que desempenhou um papel significativo na derrubada do presidente ucraniano Viktor Yanukovich, em fevereiro de 2014. Em um incidente separado ligado ao assunto em questão, as autoridades francesas prenderam dois membros do grupo Sheikh Mansur por suspeita de terem ligações com o Estado Islâmico. “Parece que eles se alinharam abertamente com a Ucrânia em uma tentativa de enfraquecer a Rússia e obrigá-la a concentrar suas forças naquele país, retirando recursos de outras frentes nas quais está confrontada com vários grupos terroristas islâmicos”. Salvini escreveu em 27 de julho de 2015, acrescentando que as autoridades ucranianas não negaram os relatos, nem expulsaram combatentes do Estado Islâmico da Ucrânia. “Dado o grave perigo representado pelo ISIS e pelo terrorismo islâmico em geral, como confirmado recentemente pelos trágicos ataques na França e na Tunísia, a Vice-Presidente/Alta Representante não considera adequado repensar a sua posição em relação ao conflito entre a Ucrânia e a Rússia, e encetar um diálogo mais estreito com a Rússia com vista a conter esta ameaça fundamentalista?” Perguntou o eurodeputado italiano. Militantes do Estado Islâmico vivem na Ucrânia intocados pelo SBU. ... Fonte: