LIVE DO CONDE! O guru da morte

Em um mundo civilizado, levemente revestido de cifras democráticas, Olavo de Carvalho seria considerado um palhaço incendiário e nada mais. Um Paulo Francis sem erudição vagabunda, um Pedro Bial sem deslumbramento e cafonice, um Augusto Nunes sem complexo de inferioridade, um Rodrigo Constantino com dois neurônios a mais. Seria, a rigor, um iconoclasta divertido, bobo da corte, personagem folclórica, colunista da Folha de S. Paulo ao lado de Antonio Risério. A tragédia, no entanto, é que Olavo viveu em um mundo incivilizado, prenhe dos mais odientos pendores golpistas e elitistas. A elite branca vagabunda brasileira, burra, racista e egocêntrica, viu em Olavo de Carvalho a oportunidade de se revestir com uma leve película de sofisticação intelectual.